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quarta-feira, 12 de outubro de 2011

O Salto do Yucuma


Localizada no noroeste do Rio Grande do Sul, a Rota do Yucumã está inserida numa região de transição entre os campos gerais e as áreas de formação das depressões das encostas do Rio Uruguai.

Essas características permítem à região apresentar uma diversidade muito grande de flora e fauna, observadas no Parque Estadual do Turvo e em todos os municípios que compõem a Rota.
Por trás do Rio Uruguai, que se movimenta em cascata, a mata argentina forma um verde denso. No canal onde se encontram as águas, redemoinhos vão e vêm avisando da força da correnteza. A profundidade - que chega a 90 metros em algumas partes do canal não-navegável - alcança 120 metros em outras áreas. As águas de Yucumã percorrem de 12 a 15 metros no ar ou por entre as pedras, até concluir a queda.

Quem tiver fôlego para acompanhar os 1,8 mil metros que o Salto faz em comprimento vai encontrar bem no finalzinho do percurso - depois de saltar entre pedras de todas as espécies e alturas - um pouco da história do Yucumã. A pedra Bugra serviu, em séculos passados, de passagem para os índios que perambulavam pelos territórios argentinos e brasileiros.

O Salto do Yucumã é um dos pedaços de natureza que ficaram quase intocáveis dentro do Parque Florestal Estadual do Turvo, um dos mais antigos do Estado. Pessegueiros, cipós e samambaias formam parte do conjunto verde que circunda as cascatas, embelezadas por contos antigos de onças-pintadas. Além dos 218 tipos de aves, o mico-prego, a capivara e a jaguatirica, entre outras dezenas de espécies de mamíferos, são os que têm trânsito livre até mesmo nos 2,55 mil hectares no coração da mata fechada. A melhor época para visitação do Salto do Yucumã é o verão, já que nos meses do inverno as cheias fazem subir o nível do rio, cobrindo a visão das quedas d’águas.

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